quinta-feira, 13 de agosto de 2009

REDE PÚBLICA NÃO TEM LEITOS SUFICIENTES PARA GRIPE "A"

Gripe Suína

Quinta, 13 de agosto de 2009, 06h18 Atualizada às 07h42
Gripe suína: associação diz que não há leitos suficientes
Não há vagas suficientes nas unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) no Brasil para atender a todos os pacientes em estado grave da Influenza A (H1N1) gripe suína. A afirmação é do presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), Jorge Curi.

Segundo ele, cirurgias de menor importância estão sendo adiadas para deixar parte dos leitos das UTIs disponível para as vítimas da doença. "Nos grandes hospitais públicos, hoje se deixa de fazer cirurgias eletivas para utilizar os leitos de UTI para gripe", disse Curi em entrevista.
Para ele, esse gerenciamento de recursos é necessário para garantir o atendimento à epidemia. "Infelizmente, como em qualquer epidemia que já ocorreu no mundo, isso acontece. Nós não temos leitos de UTI preparados para milhares e milhares de pessoas de uma hora para outra", considerou.
De acordo com Jorge Curi, situações de crise como a epidemia de gripe colocam as deficiências do sistema de saúde em evidência. "Nosso sistema trabalha no limiar muito complicado, muito no limite. Então, quando ele é muito solicitado, obviamente as deficiências se mostram de forma mais marcante", ressaltou.
Outro problema é que existem grande discrepâncias na qualidade da rede de saúde pública entre diferentes cidades e estados. "Dentro do próprio Estado de São Paulo é possível encontrar situações bem diferenciadas em termos de prefeituras e sistemas de saúde", explicou.
Na avaliação do presidente da APM, os locais onde o atendimento é pior acabam comprometendo o serviço como um todo. "Nós temos que ter um olhar para essas regiões mais fragilizadas porque elas acabam, em uma situação de epidemia, favorecendo a fragilização de todo o sistema".
Segundo o Ministério da Saúde, a rede pública conta com1.978 leitos de UTI em 68 hospitais de referência e está preparada para atender a população.
A Secretaria de Saúde de São Paulo não disponibilizou informações a respeito dos leitos disponíveis para tratamento da gripe suína.
O Hospital Albert Einstein, na capital paulista, apesar de ser uma instituição privada, adotou procedimento semelhante ao da rede pública - remarcou as datas de uma série de cirurgias eletivas previstas para a semana passada devido a "um crescimento muito grande" no número de pacientes com gripe.
Segundo o superintendente da instituição, Luís Fernando Aranha, neste ano houve um aumento de cerca de 20% no número de pacientes com sintomas de gripe atendidos na unidade. Por isso, o hospital ampliou não só o espaço físico, mas também o número de funcionários do pronto-socorro.
"Alargar o oferecimento de leitos intensivos" na rede pública é uma medida apontada como necessária por Jorge Curi. Ele destacou que a falta de financiamento "é um problema muito presente na saúde pública brasileira", com repercussão na gestão do sistema.
Curi ressaltou a necessidade de não só aumentar a capacidade de tratamento da rede pública, mas também de investir em áreas como estatística, "para estudarmos pontualmente as coisas que acontecem".

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A polemica USJ em Debate


Edição Nº 0310 - 07/08/2009 (Sexta-feira SJFoco)Notícias Geral

“Nunca fui contrário à USJ”, defende-se Édio 07/08/2009 (Sexta-feira)

O secretário de Desenvolvimento Econômico de São José, Édio Vieira, afirma em entrevista que nunca foi contrário a Universidade de São José. Édio faz parte da Comissão montada pelo prefeito Djalma Berger, para discutir o futuro da Instituição. A polêmica teve início depois da matéria divulgada por este jornal, onde Édio declarava que a “USJ é inviável financeiramente”. “Nunca fui contrário, aliás, aqueles que defendem a USJ deveriam defender o melhor índice de aproveitamento dos alunos da USJ. Não sei qual o índice de aproveitamento dos alunos?”, questiona Édio. “Penso que deveriam estar mais preocupados com a qualidade do ensino. Sinceramente não posso dizer se é bom ou ruim, porque não tive acesso a estes dados”, acrescenta o secretário.
Comissão
A comissão formada pela secretarias da Educação, Desenvolvimento Econômico, Procuradoria e Administração têm o objetivo fazer o estudo da realidade educacional do Município. Édio diz que os representantes já se reuniram em um primeiro momento e uma segunda reunião deve ser marcada. “Fui designado pelo Prefeito para fazer parte da comissão que está buscando uma nova dinâmica para a USJ. Quando me posicionei com relação às dificuldades da Instituição era porque nós precisamos encontrar um regra específica para que a Universidade seja duradoura e que não fique apenas como um projeto de uma entidade. Da forma como estava o futuro dela era incerto, agora ela vai ter um futuro”, destaca o secretário que afirma que a Comissão está fechando uma proposta que vai dar a USJ uma dinâmica que ela precisa para atender as necessidades de São José.
Defesa
Édio diz ainda que os alunos, a comissão e os defensores da USJ deveriam defender em primeiro lugar, a qualidade do ensino, “muito mais do que se preocupar onde vai ficar a Instituição”. O secretário coloca ainda que em nenhum momento quis se posicionar contrário à Instituição. “Era e continuo sendo, contra ao modelo e a perspectiva que está atualmente”, destacou.

CORRELATA
Colégio AplicaçãoSobre a questão do Colégio Aplicação, que está sendo construído na Beira Mar de São José, o secretário Édio Vieira questiona qual a necessidade do Colégio Aplicação ser construído neste local. “Será que vai atender a demanda da comunidade? Tem assuntos mais importantes como fortalecer a USJ do que ficar discutindo o local, até porque ela está funcionando normalmente no seu espaço físico adequado”, pondera. “A comunidade pode ficar tranquila, que na comissão estarei contribuindo para que tenhamos um projeto definitivo de USJ, compatível com a realidade sócioeconômica do Município. O que estou colocando aqui é o meu ponto de vista e não o da Comissão”, finalizou Édio.

Contrário
Édio Vieira questiona ainda o porquê da exigência de atender 30% de alunos de fora da rede municipal. “Este é um assunto que precisa ser esclarecido e vou colocar esta questão na comissão. Porque São José é obrigado a atender alunos de fora do Município num percentual de 30%? Quero saber quem inventou isto”, enfatiza ele. DefiniçãoDe acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, na segunda-feira (10) a Comissão apresentará o relatório ao Prefeito, que vai analisar e posteriormente será marcada uma coletiva de imprensa para apresentar à comunidade e jornalistas uma definição sobre o assunto.
Acrecento a materia;
Inacreditavel que ainda tenha politicos contra a educação? Um governo que não leva a sério a educação e saúde não pode estar no poder. Saude e educação são as linhas mestras de uma administração, portanto, acabar com uma Universidade Pública é não querer que as pessoas tenham melhor qualidade de vida, estudo é tudo, isto é uma vergonha.