segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

POLEMICA COM A UNIVERSIDADE DE SÃO JOSÉ

Veja o que foi publicado na Edição Nº 647 - 04/02/2011 (Sexta-feira) SJFoco

Djalma empossa novo reitor e prepara o "Presente de Grego" da USJ
04/02/2011 (Sexta-feira)


Vereadores querem USJ na Beira Mar de São José

Projeto de venda do Centro Administrativo e transferência de prefeitura para prédio da USJ e Colégio de Aplicação gera polêmica

Projeto de Lei de autoria do governo Djalma Berger, que propõe a venda do prédio onde hoje funciona o Centro Administrativo e a transferência da prefeitura para o prédio em construção na Beira Mar de São José, que deveria abrigar o Colégio de Aplicação e a USJ vai render muitas discussões e polêmica na Câmara de Vereadores neste início de ano legislativo. A proposição foi apresentada em dezembro mas teve pedido de vistas pelo vereador Antonio Batistti (PT), que é totalmente contrário à proposta.
Batistti afirma que o projeto deve ser muito bem estudado e analisado porque, diretamente, é prejudicial à Educação. "Foi concedido a mim pedido de vistas desse projeto que chegou a esta Casa Legislativa, no mês de dezembro. Estarei, nos próximos dias emitindo a minha opinião contrária. A intenção do prefeito Djalma é utilizar esse recurso para investir.no novo prédio que está sendo construído e, ao invés de destinar a edificação para o Colégio de Aplicação para o funcionamento da USJ no período da noite. pretende instalar o setor administrativo da prefeitura municipal. Não se justifica um prédio tão grande naquele local para abrigar secretarias que, a nível de orçamentos, movimentam apenas 20% já que 80% é movimentado pela Saúde e Educação", observa

USJ precisa de sede própria
Batistti ressalta que a USJ existe há seis anos e já é destaque em âmbito nacional com uma excelente avaliação e que, com isso, necessita de ter uma sede própria para ser uma universidade de verdade. "
Ela precisa obrigatoriamente hoje, para se completar e ser uma universidade de verdade, de futuro, ter a sua sede. Com isso, poderá instalar laboratórios, biblioteca, ter um quadro de pessoal e um plano de cargos e salários, de forma que possa ser uma referência em âmbito Grande Florianópolis e claro que, também, a nível de São José", enfatiza.
Ele entende que não se justifica deixar de investir em Educação, em Ensino Médio, Básico e Fundamental, que é o Colégio de Aplicação, e no ensino superior para abrigar o setor burocrático da prefeitura que possui uma sede instalada há apenas 10 anos. "Ali como está, não precisa ser mudado. A prefeitura está numa área bem central e adequada, inclusive, para que os contribuintes paguem os seus tributos, resolvam os seus problemas e onde as empresas recorrem para pegar os seus alvarás. Junto à Beira Mar teremos a prefeitura instalada apenas em um extremo do município deixando o centro, parte estratégica, sem nenhuma representação", considera.

Cheque em branco
Ele acrescenta ainda que se baseia apenas no projeto que está na Câmara de Vereadores, entendendo que não há uma fundamentação maior. "Não há argumentos de justificativa para sua venda neste momento. Aprovar o projeto onde não diz para onde vai a Escola de Aplicação e a USJ é dar um cheque em branco para que o prefeito amanhã ou depois continue a deixar a Universidade vivendo quase que num aluguel. Vou propor aos demais vereadores a convocação do secretário de administração para explicar, principalmente para a comunidade porque essa venda. Qual motivo que leva o prefeito a vender a atual sede e, em caso de venda,onde seria aplicado os recursos na ordem de até R$ 15 milhões.

Lédio Coelho também manifesta-se contrário
O vereador Lédio Coelho (DEM) soma-se aos pensamentos de Antonio Batistti e manifesta-se contrário a venda do prédio do Centro Administrativo e a transfência da prefeitura para o prédio que já estaria decidido para receber o Colégio de aplicação e a USJ.
"Sou contrário a venda do Centro administrativo, até porque para vender lá temos que construir. Sabemos que o Poder Público precisa de um espaço maior. O município cresceu e tende a crescer mais. Ali, o que é pregado, é que será o Colégio de Aplicação no período diurno e no noturno a USJ. Isso já foi colocado para população. Além disso, a USJ foi muito bem reconhecida a nível de Brasil pelo ensino que apresenta. A localização é nobre, possui estacionamento e também vai atender a população, os nossos filhos. Não sou contra a venda do prédio. Sou contra mudar o que já estava acordado. O combinado não sai caro. Vender e construir e prejudicar a Educação, sim", manifestou o democrata.

Petebista defende idéia do executivo
Aliado da base governista, o vereador do PTB, João Rogério de Farias, o popular "João do Ovo, defende a proposta de Djalma Berger e diz que o prédio em construção, na Beira Mar, é o mais adequado para ser a sede da prefeitura. "Acho que aquele prédio cabe todas as secretarias, todas num lugar só, vai ter banco. Acredito que o Prefeito Djalma vai conseguir um lugar bom para a USJ. Acho que eles merecem
Quanto a venda do prédio do Centro Administrativo considero que o local se tornou um lugar pequeno e o Fórum está precisando de mais espaço e assim vai ficar melhor para atender o munícipe. Tem muito processo que está parado. Precisa aumentar as Varas", admite.
Ele tem ciência de que na edificação da Beira Mar deveria abrigar a USJ e o Colégio de Aplicação mas diz que situação é irregular. "Aquilo ali era para ser Colégio de Aplicação, entre aspas, por que a USJ, por causa do governo federal, não pode receber recursos do município para comprar ou construir prédio próprio. Foi colocado o Colégio de Aplicação para também abrigar a USJ. A verba era para a educação básica e não para universidade, o ex-prefeito Fernando Elias fez errado. Como conheço o Djalma, a visão que tenho é que, a USJ não vai ficar sem prédio", manifestou-se João do Ovo.